Escritora

O pianista mão de calo

Luiz Carlos era filho de pedreiro e, desde os oito anos, acompanhava seu pai aos serviços. Costumava ajudá-lo da maneira que seu corpo permitia; Estendia-lhe os tijolos, mexia o cimento, enchia o balde de metralhas... Foi desde então que suas mãos passaram a ficar encaliçadas. Aos quatorze anos, seu pai foi contratado para refazer o telhado do depósito de uma escola de música.

- Bom, Pedreiro, existem instrumentos antigos aqui que eu gostaria de preservar porque em breve valerão uma fortuna. - falou Raquel, a dona da escola - Pode chover de novo e isso tem que ser feito rápido.
- Fique despreocupada, dona Raquel, que apronto com uma semana. Vou destelhar tudo, então a gente tem que arrumar um lugar pra colocar essas coisas toda.
- Não posso esperar tanto tempo, vou receber futuros alunos em três dias e minha escola não pode estar bagunçada.
- Só pra gente tirar tudo isso daqui vai demorar um dia, a não ser que a senhora chame mais pessoas pra ajudar eu e meu filho. Tem um monte de rapaz lá fora que eu vi, a senhora não podia chamar eles?
- Aqueles rapazes? - perguntou sorrindo ironicamente - Quer que eu peça aos meus futuros maestros, com suas mãos lisas e talentosas, para carregarem peso?
- É só que tem coisa aqui que eu mais meu filho não vamos conseguir carregar sem ajuda. Aquele teclado ali mesmo é muito grande.
- Não é um teclado; é um piano. Pode colocar um plástico por cima. Foi danificado pela pingueira, mas acho que posso vendê-lo como sucata. Ponha tudo na sala ao lado.

Raquel retirou-se. Iniciaram o trabalho imediatamente transferindo os instrumentos de uma sala para outra. Uma hora da tarde já haviam carregado tudo. Começaram a cobrir o piano com vários sacos  de lixo, até que sem querer Luiz bateu em uma das teclas.

- Eita, pai! - gritou espantado
- Que foi, menino?
- O senhor ouviu? Esse teclado tá quebrado não.
- Se a moça que entende de música disse que tá, então tá. E não é teclado não, é piano.
- Mas não tá! Veja só.

Sorridente e empolgado, pressionou quase todas as teclas. Mário não esboçou reação e continuou a distribuir os sacos por cima da calda. Encantado por "fazer sair som do piano", Luiz não conseguia parar.

- Tá vendo, pai? Ele pega ainda!
- Para de bater aí, menino! Se não tá quebrado tu vai acabar quebrando. Cobre logo!

Mesmo entusiasmado, Luiz obedeceu e cobriu o que faltava. Mário percebeu que o deixou triste por tê-lo proibido de descobrir o som de cada tecla.

- Não ouviu o que a mulher disse? Pra tocar isso tem que ter mão lisa. Agora, me ajuda a afastar ele pro canto da parede pra não esquecer que a gente é a parte que carrega esse tipo de coisa, não a parte que faz ele tocar.



>>> CONTINUA


Livro publicado! Por que mainha morreu?

Tomei a decisão de disponibilizar online, a venda do livro inspirado no artigo Quando se perde a mãe. Contudo, caso não tenha recursos ou simplesmente não deseje comprá-lo, mantenho minha promessa de enviá-lo gratuitamente por e-mail, basta solicitar pelo Facebook. O meu objetivo ao vendê-lo é o de ganhar recursos para comprar exemplares e distribuir gratuitamente em escolas públicas e associações de moradores de baixa renda. Ficaria eternamente grata se puder contribuir.

Dia das Mães para quem não tem mãe

O que acontece depois da morte é um mistério.
As afirmações dadas pelas religiões são por muitos consideradas hipóteses. Mas,

Uma parte do livro - Por que minha mãe?

Um diálogo entre a personagem Ylana e sua professora de religião Célia. Trecho emocionante.

Recife - Cidade que estou deixando de amar.

‎"Só queria chegar em casa, tirar os sapatos e fazer a janta - Cuscuz com margarina - que se porventura a passagem custasse R$ 1,00, até que daria pra ser com charque."

Quando se perde a mãe

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Ofereço este artigo especialmente a filhos que ainda tem suas mães
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Crônica - Ciúmes

Seria o calcanhar de Aquiles de quem ama? É remédio com receituário sem tarja vermelha para não criar dependência, Ingerido em doses homeopáticas e bem aferida para não criar ferida que inflama?

Roteiro - Na Pele

Sinopse

"Como escritora, tudo o que eu queria era sentir na pele. Tentei ser garota de programa

Papo brabo - Jô Soares

Definitivamente, Jô Soares é tudo que há em matéria de inteligência. Li este "papo" pela primeira vez na faculdade FMN, na qual estudei Jornalismo. Fiquei fascinada e acho justo dividi-lo com as pessoas que me leem.

Que mulher...?

Que mulher nunca teve...
Um brinco de um real
Uma paquera de carnaval
Ou um cara que cheirava mal?

Que mulher nunca pediu...
Para alguma amiga um vestido emprestado
Para Santo Antônio lhe arrumar um namorado
Ou para que seus seios nunca fiquem arriados?

Que mulher nunca caiu...
Na lábia de um rapaz paquerador
Num buraco e o salto quebrou
Ou na cama porque a cólica chegou?

Que mulher nunca quis...
Que seu ex nunca mais encontrasse uma namorada
Que ao invés de magra fosse gorda ou de gorda fosse magra
Ou que ninguém percebesse que o cabelo levou uma escovada?

Que mulher nunca sonhou...
Em ser Helena de Tróia ou a Brises
Em ter a barriguinha trinta e seis
Ou em como seria linda a sua primeira vez?

Que mulher nunca ficou...
Com inveja da roupa da amiga
Com ódio das dobrinhas na barriga
E arretada, ou seja, Puta da vida?

Que mulher nunca correu...
Com medo da coitada da barata
Pra não perder o capitulo da novela que é fanática
Ou de um cara feio que não tem dente ou usa chapa?

Que mulher nunca pensou...
Em se fosse um homem, como seria
Porque o gato pediu um beijo e eu disse que não queria
Pedir que a sogra vá pra puta que pariu... Será que eu mandaria?

Que mulher nunca fez...
Desenhos em seus pelos pubianos
Um arroz... Unidos nós ganhamos
Uma ligação pro seu ex e depois disse... Foi engano?

Que mulher...
Não tem orgulho de ser mulher?

Sou fraco...

Eu me desnudo emocionalmente quando confesso minha carência – que estarei perdido sem você,

Meninos eu vi

VOCÊS VIRAM TAMBÉM, MAS ACHO QUE ESQUECERAM.

Eu vi as empregadas gritando, a cozinheira chorando, o rádio dando a notícia: "Getúlio deu um tiro no peito!"

Se lessem as Leis de Murphy

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Há pessoas que procuram desesperadamente por cartomantes, videntes, perguntam sempre o que exatamente vai ter "naquela" festa para só depois decidirem se irão ou não. É como se não gostassem do inesperado, de surpresas. É como se nunca tivessem lido ou ouvido a Lei de Baldridge que diz: Se soubéssemos exatamente o que iria acontecer, jamais teríamos vontade de fazer qualquer coisa.

A maioria das empresas só contrata profissionais com experiência. O responsável pela empresa provavelmente nunca leu ou ouviu a Lei de Jones que diz: Experiência é a causa de serem cometidos novos erros em vez dos antigos. E aquela outra de Cânone de Cannon: A experiência permite que a gente reconheça um erro quando o comete de novo. Logo, a probabilidade de um profissional experiente fazer as mesmas asneiras que um jovem inexperiente faria, é grande.

Há jornalistas que escrevem matérias sobre erros cometidos por políticos, meliantes, famosos... A Lei do Ombudsman diz que: Uma coluna sobre erros, também contêm erros. Não importa o tipo de erro, até porque não foi de tipo de erro que ele "falou", apenas de erro e, erro é erro, tanto faz ser oral, garfe, gramatical... Mas
Essa Lei do Ombudsman é direcionada principalmente aos sujos que adoram falar dos mal lavados, no meu ponto de vista.


Quando algumas pessoas mentem, outras ficam indignadas, porém, as indignadas nem sempre têm paciência para ouvir as mentirosas, logo, notasse que nunca leram ou ouviram a Doutrina de Munroe que diz: Omitir pequenos detalhes pode poupar toneladas de explicações.

Ideias para se viver mais, para economizar tempo, etc. existem e muitas, porém, em relação ao tempo, ideias em grande dosagem acabam contrariando a ideia de sua economia, uma vez que, quanto mais ideias você tiver, mais dificuldade terá para reconhecer as boas. Alguns resolvem isso pondo em prática todas as ideias de uma só vez. É por isso que há tantos blogs ruins criados por uma única pessoa. É por isso que há CDs que nem pirateados são. È por isso que há tantas ferramentas inúteis no pacote Office. É por isso que o Domingão do Faustão mudou para pior...

O brasileiro vive reclamando o fato da educação no país ser precária. Reclama o fato dos prefeitos darem preferência à construção de novos parques para homenagear pessoas que quase ninguém viu, nem mesmo por foto, em vez de construírem novas escolas, investir em cursos preparatórios, etc. Se o brasileiro que reclama "dessas coisas", lesse a Axioma do Reitor Heitor que diz: A verba para a educação é sempre tão pequena porque as autoridades não foram educadas para achar que isso tivesse importância, passaria a pensar melhor antes de votar.


Geralmente, quando um homem encontra outro homem que pensa como ele, principalmente quando o assunto é política, ele fica feliz da vida acreditando piamente que finalmente encontrou um amigo. Os homens que já ficaram felizes com isso, provavelmente não leram a Lei de L.B.J que diz: Se dois homens concordam em tudo, é porque apenas um deles está raciocinando. Se eles tivessem lido, a amizade teria acabado após a discussão sobre quem foi que raciocinou. E aqueles que ficaram felizes da vida, acreditando que realmente "são os caras" após terem concluído uma tarefa em grupo importantíssima... Sem dúvida não leram a Lei de Juarez que diz: Quanto maior o número de pessoas envolvidas numa empreitada, menos inteligente se torna cada uma delas.

Se aquele homem que decidiu consertar a porta do armário ontem, tivesse lido antes a Segunda Lei da Oficina que diz: Você sempre encontrará três porcas para atarraxar os quatros parafusos que são necessários, sem dúvida a porta do armário, hoje, estaria consertada. Provavelmente ele jogou aquela porca fora quando a encontrou no chão do terraço achando que ela era inútil. Se tivesse lido o Princípio da Peça Extra que diz: Você nunca sabe para que servia aquela peça extra até o momento em que acabou de jogá-la fora... Coull comentou que o jeito é lembrar que todo novo projeto requer uma ferramenta que você não tem.


Há pessoas que acham fácil largar o cigarro. Essas pessoas, além de não saberem o prazer que uma tragada pode dar, não leram a Observação de Maugham: É mais fácil abrir mãos de bons hábitos do que de vícios. É por isso que quando alguém diz; "larga esse cigarro", o viciado sente a vontade de mandar este alguém ir à PQP. Mas não são todos que largam os bons hábitos, por isso a maioria prefere falar a Teoria de Howe que é: Há conselhos bons demais para serem seguidos – como o conselho de amar seus inimigos, por exemplo.

Se um homem e uma mulher concordarem em tudo, gostarem das mesmas coisas, provavelmente irão se casar, mas... se lerem a Segunda Lei de Santayana: Quando um homem e uma mulher concordam, é apenas nas suas conclusões. As razões são sempre diferentes, passarão a procurar outras qualidades para objetivar o casamento e, se lerem a Lei de Norman que diz: Nenhum homem sabe o que é a verdadeira felicidade até que ele se casa. Mas aí, é claro, é tarde demais, o casamento será extinto.

Se a maioria das pessoas lessem a Regra de Green: O que as letras graúdas dão, as letras miúdas tiram, não ficariam encantadas com as propagandas televisivas de eletros-domésticos, planos de conta telefônica... Mas como a maioria não leu, nem a lei; nem as letras miúdas...

Se os pais lerem a Horrível Verdade: Um testamento não é feito para proteger seus herdeiros se você morrer. Ele é feito para proteger seus herdeiros QUANDO você morrer. Se lerem, levarão imediatamente seus filhos à um psicólogo antes que aconteça o pior.

Sabe aquele tagarela que vive com seus cantos de ossanha, que não se cala um minuto? Se ele lesse a Lei de Henderson: Quanto menos você falar, menos terá que desmentir, ele falaria menos. Se você conhecer alguém assim, dita a lei pra ele.

Se o Brasil lesse a Observação de Kelly: Viver no passado só tem uma vantagem – os preços são mais baratos, sem dúvida daríamos preferência a viver A.C.

Se todos nós levássemos ao pé da letra a Lei de Ziggy que diz: Se você realizar mais do que as pessoas esperam de você, todos passarão a esperar muito mais de você, sem dúvida viveríamos de pernas para o ar, vendo TV, jogando Xadrez, papeando no MSN e brincando no Orkut. Ah... e dormindo também

Se as duas senhoras plastificadas do Zorra Total lessem a Lei de Capp: A única maneira de recuperar parte da juventude é fazer as mesmas besteiras de novo, elas não teriam tanta dificuldade para olhar e falar, uma vez que plástica não esconde a velhice, só dá a parecer que se é bem mais velha do que já é. Segundo o Axioma de Anderson: Só se é jovem uma vez, mas pode-se ser eternamente imaturo. Logo, basta dar língua para o primeiro pivete que encontrar e abracadabra! Mais uma vez, jovem.

Sabe aquelas pessoas que morrem de medo de morrer? Que almejam a imortalidade? Pois então... Segundo a Observação de Ertz, essas pessoas são as que menos sabem o que fazer da vida, então, se levarmos esta observação ao pé da letra, logo, a maioria dos seres humanos não sabe o que fazer da vida.

Se os religiosos lessem a Lei de Irishman que diz: Fé é acreditar em algo que você sabe que não é bem assim, iriam para frente do STF fazer um protesto. Quanto a Máxima de Voltaire: Um provérbio espirituoso não prova nada... Os provérbios religiosos não atenderam aos requisitos exigidos pela Filosofia; um outro motivo para outra manifestação.

Se eu tivesse lido a Lei de Camus: Aqueles que escrevem com clareza ganham mais leitores. Aqueles que escrevem de maneira obscura ganham mais resenhas literárias, eu teria lembrado de falar quem ou o que é Murphy. Posso tentar resumir em uma única palavra: pessimismo.